Não, não é fácil ser homem. Há
muitos costumes que eu tinha que tive de deixar para trás. A maquiagem, por
exemplo... Não dava para passar.
Mas devo admitir que não saio
de cara lavada. Peço ajuda da princesinha do Exílio, Louise, para me maquiar.
Ela passa um pó, e marca meus olhos com o lápis. Não me sinto feminino assim.
Já senti vontade de roubar uns
beijos dos doces lábios avermelhados daquela loira, mas o meu lado mulher ainda
me dava um pouco de sanidade.
Deixei de escrever aqui por
causa dos afazeres do Exílio. Está sendo muito bom e eu ganho o respeito merecido.
As mulheres? Me adoram. Os homens? Confiam em mim. As crianças querem o meu
colo e carinho e eu não sou de recusar. Sabia que Yomi já me viu nu? Alegou que
as roupas de Kikyo não estavam no meu nível e me ajudou a vestir trajes mais
nobres. Isso não vem ao caso no momento.
Estou do lado de Chun agora,
contra Conchita. Já faz 4 meses que larguei meu corpo antigo e por isso não
sinto mais pesar em falar: Conchita já era!
Hoje eu recebi um pedido de
aliança dos Zero.
Lembra deles? O grupo mutante
que se metia em encrenca e apuros? Sim, eles cresceram e... Bem... As mocinhas
já viraram mulheres. Pode estar me achando um tarado, mas não posso fazer nada.
É o instinto masculino de qualquer forma.
Não me lembro de ter me
relacionado com homem algum quando eu era Hakushiro, e ultimamente, ando
observando ambos os sexos. Que medo de virar bi! Não... Não tem esse perigo, eu
juro.
Passaram a me chamar de
Byakurai, o Raio Branco, por conta da habilidade que Kikyo tinha, que se modificou
quando eu o possuí.
Hoje, decidi que passarei a me
entregar mais à luxuria e começarei a dar em cima das menininhas daqui... Uma
após uma... Tomando-as e jogando fora... Como tantos pretendiam fazer comigo.
Há uma grande lista... Prometo
contar todos os detalhes, mas terá de ser em um caderno separado. Este aqui não
tem cadeado... O outro terá.
Bem, o que estou fazendo?!
Estou contanto minhas estripulias enquanto tenho trabalho a cumprir... Preciso
relatar o tão temido Xadrez Humano... Que participei como rei.
O rei branco. Reinou ao meu lado
a rainha Louise, tão bela... Como bispos, tivemos Yomi Tosaru e Phup Divine. Como
cavalos, Rivel Leroy e Catherine Augusta Leroy. Como torres, a nossa “Rapunzel”
Helena Nate e seu irmão Mihael Nate. Os peões não são relevantes... São apenas
prisioneiros do Exílio.
A batalha foi cerrada. Como
peças negras, tivemos as Rebeldes do Zero, e também as mais antigas. Como rei:
Ailes. Como rainha: Serpent. Como bispos: Os gêmeos Pierre e Vert. Como
cavalos: Broyage e Mirage. Como torres: Rien e Cicatrice. Os peões eram classes
menores no Zero, com exceção de Spark, ressuscitada apenas para o evento.
Não houve bem uma ordem
pré-definida para a batalha, mas até que estava tudo bem organizado. No
primeiro turno os peões jogaram e nessa rodada empatamos. No nosso lado,
Toraley. No lado das peças negras, Spark. Até que aquela de vestidinho rosa
tinha estilo... Ambas ganharam o titulo de segundas rainhas... Ou para ficar
mais bonito em nossa língua: As princesas do jogo de Xadrez Humano de A.R...